segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Um pouco mais sobre a Libya.








Leio que os italianos derrotaram os turcos otomanos na região de Trípoli em 1911 e permaneceram na Líbia até 1943, quando se deram mal na II Guerra Mundial.A Líbia, então, foi administrada pela Organização das Nações Unidas até 1951, quando se tornou independente.Em 1969, o coronel Muammar Abu Minyar al-Qadhafi assume o poder depois de um golpe de estado que derrubou o rei Idris I. Torna-se presidente do Conselho Revolucionário, comandante do Exército e este ano completa 40 anos no poder.Qadhafi implanta um sistema político próprio. Em “O Livro Verde”, escrito em 1973, descreve a Terceira Teoria Universal, uma combinação do socialismo com o islamismo, derivado em parte de práticas tribais. Para o coronel, tal sistema político deve ser implementado pelo próprio povo líbio, numa forma única de “democracia direta”.Há poucos dias, ao assumir a presidência da União Africana, Qadhafi disse que o melhor sistema político é o da Líbia, onde não são permitidos os partidos de oposição.
Na década de 80, Qadhafi usa o dinheiro do petróleo (95% das receitas do país vêm das exportações do petróleo) para promover sua ideologia ao redor do mundo, dando apoio a grupos terroristas.No dia 14 de abril de 1986, o presidente americano Ronald Reagan determina o bombardeio de Trípoli. No total, 35 bombas atingiram os sistemas de defesa aérea da Líbia, campos de treinamento militar, aeroportos e bases aéreas.
A residência em que Qadhafi estava é bombardeada.
Ele e os dois filhos mais velhos sofrem ferimentos.
Uma filha adotada, de 15 meses, morre no dos ataques.Em represália, a Líbia reage com ataques de mísseis a duas bases da marinha americana na ilha italiana de Lampedusa.
Em Beirute, Líbano, dois britânicos e um americano mantidos reféns por grupos islâmicos são mortos a tiros.
Um jornalista americano foi seqüestrado e um turista americano foi assassinado a tiros em Jerusalém.
O envolvimento com atos terroristas isola a Líbia da comunidade internacional.
Embargos comerciais impostos pela ONU e pelos Estados Unidos em 1992 tiveram forte impacto econômico e social no país.Qadhafi passou a década de 90 tentando reconstruir as relações com a Europa e os Estados Unidos.
A ONU suspendeu o embargo em 1999 e o cancelou definitivamente em 2003, depois que a Líbia assumiu a responsabilidade pela queda do avião do vôo 103 da PAN AM em Lockerbie, Escócia.Também em 2003, a Líbia decidiu encerrar o programa de construção de armas de destruição em massa e renuncia ao terrorismo.


Em 2006, os EUA retiram a Líbia da lista de países que patrocinam o terrorismo.Com 6,2 milhões de habitantes, a Líbia começa a se abrir para o mundo, pelo menos na parte econômica.
O petróleo representa mais da metade do PIB e 60% dos salários do serviço público, o que garante ao país uma das rendas per capita mais altas da África.O país, no entanto, enfrenta sérios problemas de distribuição de renda.O solo pobre (mais de 90% de seus 1,7 milhão de quilômetros quadrados é deserto ou semi-deserto) faz com que o país importe 75% de toda a comida que consome.
O Produto Interno Bruto (PIB) tem crescido a taxas de 6% nos últimos anos. Mas o desemprego continua elevado: 30%.
Saif Al-Islam, um dos filhos de Qadhafi, é apontado como o provável sucessor do pai, apesar de ter feito declarações de que pretende abandonar a vida pública.No ano passado, o governo lançou um programa para distribuir os lucros do petróleo entre a população.Há também esforços para privatizar o setor bancário e garantir mais transparência nas finanças públicas para atrair investimentos estrangeiros.O país quer expandir no setor de hidrocarbonetos e procura investimentos de US$ 40 bilhões para desenvolver a indústria.Os hotéis internacionais em Trípoli estão abarrotados de estrangeiros atrás de contratos.
A Europa, por exemplo, negocia a construção de oleodutos e gasodutos pelo Mar Mediterrâneo até o continente.
Os europeus querem se livrar da dependência do gás da Rússia, cada vez mais usado como instrumento de política externa por Wladimir Putin.A Líbia quer se globalizar.Muitos obras estão em andamento pela país.

As empresas estrangeiras que atuam na Líbia precisam importar mão-de-obra.
O cidadão líbio médio não se sujeita ao trabalho braçal.
Quer um cargo de chefia, mas não possui qualificação.
Trabalhadores vêm da Ásia e de outros países africanos.
Algumas empresas chegam a administrar empregados de mais de 20 nacionalidades em seus canteiros de obras.Ocidentais não-muçulmanos que trabalham nas obras locais lamentam a proibição de consumir bebidas alcoólicas.
Também sofrem com as barreiras culturais.
Olhar para uma mulher líbia na rua é praticamente pedir para ser degolado a golpes de cimitarra.
Pornografia também é proibido no país.
Contrabandear uma Playboy dá expulsão por justa causa.Apesar das proibições, consegue-se comprar cerveja, uísque e outras coisas no mercado negro.
Mas aí o cidadão está por sua própria conta e risco."





isso eh para vcs terem uma ideia melhor daqui e da historia deste pais.

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